Algumas impressões sobre o Curso de Férias (CF) da ABU Sul – Floripa 14-21 julho 2007
Em virtude do CF ter acontecido na última semana de aula do semestre da UFSC, eu fui a única pessoa da ABU Floripa que pôde participar alguns dias do curso, assim que estive liberada das minhas atividades.
Depois de alguns anos de graduação, já meio calejada com cursos, congressos e afins um tanto enfadonhos, não criei grandes expectativas (talvez porque qualquer um pretenso a historiador é no fundo um grande pessimista, talvez...). Mas como no sábado (dia 14) eu já tinha visitado o CF com outras pessoas da ABUFloripa pra dar um oi e tinha conversado com algumas pessoas e assistido à palestra de abertura, eu pensava que poderia ser proveitoso.
Cheguei ao acampamento Nazareno no Campeche na manhã do dia 19 quando todos ainda tomavam o café da manhã preparado pelos meninos depois da linda alvorada que eles também haviam feito para as meninas.
A programação matutina era basicamente: café seguido de louvor, EBI (Estudo Bíblico Indutivo), Exposição Bíblica da 1ª Carta de Timóteo, Intervalo, Palestra Temática (Neemias), Silêncio Reflexivo e almoço.
Consegui participar dos dois últimos EBIs que foram muito bons! Em grupos (mais ou menos 5 pessoas) líamos e discutíamos o capítulo do dia baseados em questionamentos do roteiro na apostila e do próprio grupo. Em seguida, todos participavam da Exposição Bíblica do mesmo capítulo pela Manuela onde também compartilhava-se o que havíamos pensado nos grupos.
Assisti às duas últimas Palestras Temáticas ministradas por pessoas convidadas, tendo Neemias como pano de fundo. A última foi especialmente muito boa, tratando da “intolerância (palavra um tanto démodé para o nosso vocabulário “politicamente correto”) ao mal”. Tendo em mente os capítulos finais de Neemias, algumas citações do palestrante: “A tolerância não é virtude quando o que se tolera é o mal”, “Somente quando nossa vida está centrada em Deus e nas escrituras é que podemos ter a clareza, a coragem e a sabedoria de Neemias” e por aí vai...
O Silêncio Reflexivo era um momento individual para ler no roteiro/apostila pequenos textos e questionamentos sobre o que havia sido discutido no dia anterior e durante a manhã. Esse momento eu considerei essencial para digerir e lidar com o turbilhão de pensamentos e sentimentos que temos a partir das confrontações que o estudo da Palavra provoca em nós. Uma das citações no roteiro talvez traduza bem o significado desse momento: “Pensar é fácil. Agir é difícil. Agir de acordo com o que se pensa é de todas a maior dificuldade” (J. W. Goethe).
Participei de duas Oficinas que aconteciam à tarde, uma sobre Mordomia e outra Liderança. A de Mordomia, dirigida pelo Gustavo, para minha surpresa, foi bem diferente das ladainhas que eu já tinha ouvido em escolas dominicais. Usando a vida e (boas) obras de Paulo como exemplo e a partir de um estudo muito bem preparado, o Gustavo desdobrou questões que a Mordomia pode envolver: dons, trabalho e dinheiro, descanso e tempo, de modo bem pragmático. A Oficina de Liderança da Carol levou o grupo a questionar modelos de liderança de uma forma muito didática (viva à pedagoga Carol!) e bíblica.
A noite de 5ª feira foi meio internacional, a Jerusa falou sobre a CIEE (Comunidade Internacional de Estudantes Evangélicos) e a Ariane sobre o intercâmbio que ela fez na Noruega por intermédio da ABUB.
O tão esperado Sarau na noite da 6ª feira foi uma bela, divertida e até mesmo filosófica e teológica manifestação artística! Em meio a apresentações que envolveram teatro, música, risadas (muitas!), contos, filosofia, teologia, piadas (será que esqueci alguma coisa?!), me peguei pensando no quanto sinto falta da valorização das manifestações artísticas no meio cristão - num contexto em que há uma supervalorização da música (“louvor”), menos mantra e mais arte fariam tão bem às nossas igrejas e ao Brasil...
No sábado de manhã (último dia, já?!) houve espaço para avaliação do encontro, e ceia entre outras coisas.
Mas e o que ficou de tudo isso? Como dizer pra ABU Floripa tudo o que eu vi, vivi e ouvi nesse tempo tão curto? Pois bem, eu não vi a instituição ABUB, mas sim universitários altamente comprometidos com o estudo e aplicação da Palavra, que levam a sério o seu papel de testemunhas de Cristo, que valorizam os relacionamentos humanos por respeitarem todos como criaturas de Deus, que buscam viver o evangelho nas suas universidades e também como futuros profissionais de alguma área. Enfim, foi absolutamente fantástico conhecer “gente estranha como a gente”, um encorajamento que talvez só possa ser expresso na minha empolgação quando falei (talvez por mais de uma hora!) tentando contar tudo para o Bê, Lara, Fran, André e Solomon. Gente que inspirada no conhecido lema da ABUB “fé que pensa, razão que crê”, está disposta a pensar seriamente naquilo que acredita e dessa forma conhecer e realizar a vontade do Deus que transformou e transforma continuamente suas vidas.
Sou muito grata a Deus por essa oportunidade, por ter conhecido todas aquelas pessoas, pela amizade delas e também pela ABU Floripa que viabilizou a minha participação. Por isso, gostaria de compartilhar isso tantas outras coisas, pensei muito nas pessoas do nosso grupo lá, ficava imaginando “a Kari iria adorar isso”, o “Bê iria ficar empolgado com aquilo”, “os metaleiros ia pirar nessa apresentação”...rs
Concordo com a Cindy quando no último dia ela disse mais ou menos assim: “gente, se esses universitários são o futuro do Brasil, eu tenho esperança nesse futuro”, pensando no potencial (e grande responsabilidade!) que temos como cristãos e “elite pensante” do país.
Com muito carinho e talvez menos pessimista agora,
Elisa Freitas Schemes – ABU Floripa, acadêmica de História/UFSC.
Depois de alguns anos de graduação, já meio calejada com cursos, congressos e afins um tanto enfadonhos, não criei grandes expectativas (talvez porque qualquer um pretenso a historiador é no fundo um grande pessimista, talvez...). Mas como no sábado (dia 14) eu já tinha visitado o CF com outras pessoas da ABUFloripa pra dar um oi e tinha conversado com algumas pessoas e assistido à palestra de abertura, eu pensava que poderia ser proveitoso.
Cheguei ao acampamento Nazareno no Campeche na manhã do dia 19 quando todos ainda tomavam o café da manhã preparado pelos meninos depois da linda alvorada que eles também haviam feito para as meninas.
A programação matutina era basicamente: café seguido de louvor, EBI (Estudo Bíblico Indutivo), Exposição Bíblica da 1ª Carta de Timóteo, Intervalo, Palestra Temática (Neemias), Silêncio Reflexivo e almoço.
Consegui participar dos dois últimos EBIs que foram muito bons! Em grupos (mais ou menos 5 pessoas) líamos e discutíamos o capítulo do dia baseados em questionamentos do roteiro na apostila e do próprio grupo. Em seguida, todos participavam da Exposição Bíblica do mesmo capítulo pela Manuela onde também compartilhava-se o que havíamos pensado nos grupos.
Assisti às duas últimas Palestras Temáticas ministradas por pessoas convidadas, tendo Neemias como pano de fundo. A última foi especialmente muito boa, tratando da “intolerância (palavra um tanto démodé para o nosso vocabulário “politicamente correto”) ao mal”. Tendo em mente os capítulos finais de Neemias, algumas citações do palestrante: “A tolerância não é virtude quando o que se tolera é o mal”, “Somente quando nossa vida está centrada em Deus e nas escrituras é que podemos ter a clareza, a coragem e a sabedoria de Neemias” e por aí vai...
O Silêncio Reflexivo era um momento individual para ler no roteiro/apostila pequenos textos e questionamentos sobre o que havia sido discutido no dia anterior e durante a manhã. Esse momento eu considerei essencial para digerir e lidar com o turbilhão de pensamentos e sentimentos que temos a partir das confrontações que o estudo da Palavra provoca em nós. Uma das citações no roteiro talvez traduza bem o significado desse momento: “Pensar é fácil. Agir é difícil. Agir de acordo com o que se pensa é de todas a maior dificuldade” (J. W. Goethe).
Participei de duas Oficinas que aconteciam à tarde, uma sobre Mordomia e outra Liderança. A de Mordomia, dirigida pelo Gustavo, para minha surpresa, foi bem diferente das ladainhas que eu já tinha ouvido em escolas dominicais. Usando a vida e (boas) obras de Paulo como exemplo e a partir de um estudo muito bem preparado, o Gustavo desdobrou questões que a Mordomia pode envolver: dons, trabalho e dinheiro, descanso e tempo, de modo bem pragmático. A Oficina de Liderança da Carol levou o grupo a questionar modelos de liderança de uma forma muito didática (viva à pedagoga Carol!) e bíblica.
A noite de 5ª feira foi meio internacional, a Jerusa falou sobre a CIEE (Comunidade Internacional de Estudantes Evangélicos) e a Ariane sobre o intercâmbio que ela fez na Noruega por intermédio da ABUB.
O tão esperado Sarau na noite da 6ª feira foi uma bela, divertida e até mesmo filosófica e teológica manifestação artística! Em meio a apresentações que envolveram teatro, música, risadas (muitas!), contos, filosofia, teologia, piadas (será que esqueci alguma coisa?!), me peguei pensando no quanto sinto falta da valorização das manifestações artísticas no meio cristão - num contexto em que há uma supervalorização da música (“louvor”), menos mantra e mais arte fariam tão bem às nossas igrejas e ao Brasil...
No sábado de manhã (último dia, já?!) houve espaço para avaliação do encontro, e ceia entre outras coisas.
Mas e o que ficou de tudo isso? Como dizer pra ABU Floripa tudo o que eu vi, vivi e ouvi nesse tempo tão curto? Pois bem, eu não vi a instituição ABUB, mas sim universitários altamente comprometidos com o estudo e aplicação da Palavra, que levam a sério o seu papel de testemunhas de Cristo, que valorizam os relacionamentos humanos por respeitarem todos como criaturas de Deus, que buscam viver o evangelho nas suas universidades e também como futuros profissionais de alguma área. Enfim, foi absolutamente fantástico conhecer “gente estranha como a gente”, um encorajamento que talvez só possa ser expresso na minha empolgação quando falei (talvez por mais de uma hora!) tentando contar tudo para o Bê, Lara, Fran, André e Solomon. Gente que inspirada no conhecido lema da ABUB “fé que pensa, razão que crê”, está disposta a pensar seriamente naquilo que acredita e dessa forma conhecer e realizar a vontade do Deus que transformou e transforma continuamente suas vidas.
Sou muito grata a Deus por essa oportunidade, por ter conhecido todas aquelas pessoas, pela amizade delas e também pela ABU Floripa que viabilizou a minha participação. Por isso, gostaria de compartilhar isso tantas outras coisas, pensei muito nas pessoas do nosso grupo lá, ficava imaginando “a Kari iria adorar isso”, o “Bê iria ficar empolgado com aquilo”, “os metaleiros ia pirar nessa apresentação”...rs
Concordo com a Cindy quando no último dia ela disse mais ou menos assim: “gente, se esses universitários são o futuro do Brasil, eu tenho esperança nesse futuro”, pensando no potencial (e grande responsabilidade!) que temos como cristãos e “elite pensante” do país.
Com muito carinho e talvez menos pessimista agora,
Elisa Freitas Schemes – ABU Floripa, acadêmica de História/UFSC.
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